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Home office para motivar sua equipe de verdade

Para cerca de 47,8% das empresas, o home office é altamente motivador para os funcionários, impactando claramente o poder de atração e retenção de profissionais. O estudo patrocinado pela REMUNERAR, e que contou com mais de 400 empresas, teve por objetivo avaliar como as organizações têm praticado o home office.

Embora o estudo tenha demonstrado uma concentração da prática em algumas áreas (como comercial e vendas, tecnologia da informação), este formato está disseminado por toda empresa, por diversas áreas, refletindo aqui os segmentos das empresas que responderam a pesquisa, onde cerca de 70% são empresas de prestação de serviços. Ficou claro também que a prática do home office está igualmente disseminada entre empresas pequenas, médias e grandes, segundo nossa amostra.

Outro dado revelador que reforça a prática, é que para 54% das empresa o home office representa até 30% do total de horas de trabalho dos profissionais elegíveis, considerando 176 horas produtivas mensais, o que é muito significante.

E os efeitos sobre o turnover?

Comparando se os grupos de empresas que adotam a prática (113), versus as empresas que não o praticam e não irão praticar (169), concluímos que para 12,4% das empresas que o praticam, o grupo de funcionários com mais de 2 anos é 15% maior. Em conjunto com outras práticas de RH, não pesquisadas nesta enquete, os dados sugerem sim que em alguma proporção o home office pode contribuir para maior tempo de permanência dos funcionários na empresa e redução do índice de turnover no tempo. Certamente que o perfil dos funcionários, pacote de remuneração e benefícios oferecido contribuem para potencializar cada prática de gestão de RH individualmente.

Não obstante às vantagens do home office, 38% das empresas declararam que não praticam atualmente e não pretendem implementar este formato no futuro. Para esta importante parcela de empresas, os desafios de se implementar a política são maiores que as oportunidades. Dificuldades apontadas de controle da produtividade, disciplina de trabalho, além do próprio choque de valores frente à cultural interna de forte controle e centralização, mais que desencorajam as empresas a adotarem o home office.

O desafio imposto pela cultura empresarial

Ainda que a tecnologia avance, os desafios culturais internos da corporação por vezes são muito mais presentes do que as ferramentas de gestão e tecnológicas disponíveis no mercado. O controle presencial do funcionário ainda é muito valorizado pelas empresas, que nem sempre se reflete num patamar diferenciado de produtividade, qualidade do trabalho, entregas e resultados. Certamente que há uma curva de aprendizado para se implementar a prática e obtenção no tempo de performances diferenciadas. Em outros segmentos ou áreas onde há o posto de trabalho está dentro da empresa, como numa fábrica ou laboratório, não há como se implementar.

Os altos custos dos imóveis e dos aluguéis, custo de estacionamento, infra estrutura, custo e tempo de deslocamento das pessoas entre a residência e trabalho, impacto ambiental e poluição, são questões mais que relevantes para se avaliar o home office como opção, ainda mais para as grandes cidades. Um profissional que gasta cerca de duas horas de trajeto para ir e vir do trabalho, ao final de um mês consumiu cerca de 25% de sua capacidade produtiva mensal total em deslocamento apenas. Este dado não leva em consideração o custo de oportunidade da riqueza que deixa de ser gerada à pessoa, à empresa, à sociedade e ao país neste mesmo tempo.

A realidade de muitos segmentos da economia, que por conta da atividade, valorizam um perfil profissionais mais que outro, e que historicamente contratam mais mulheres que homens, o home office tem impacto ampliado e positivo sobre a atração e retenção, imaginando que este formato de trabalho, que valoriza a flexibilidade de horários, vem de encontro com os diversos papeis sociais que a mulher moderna assume hoje na sociedade, no trabalho, e junto à família e educação dos filhos.

Sobre o autor

Marcelo Samogin, Diretor da REMUNERAR, consultoria especializada em remuneração estratégica. Atuou por mais de 24 anos como executivo de RH, especialista em remuneração e inteligência de negócios em diversos segmentos de indústrias, prestação de serviços e varejo de luxo. Professor convidado da Universidade Federal de Viçosa (UFV-MG) e Fundação Dom Cabral (FDC PAEX) para os temas Gestão de Pessoas e Remuneração Estratégica. Diretor do Grupo de Remuneração e Benefícios da AAPSA. Para mais informações escreva para: contato@remunerar.com.br ou acesse www.remunerar.com.br

Sobre a REMUNERAR

A REMUNERAR foi fundada em 2010 e tem por missão desenvolver soluções inteligentes de remuneração e recompensa que transformem os desafios de competitividade e crescimento de seus clientes em oportunidades reais de ganhos e resultados diferenciados através das pessoas. Para saber mais acesse: www.remunerar.com.br ou REMUNERAR no LinkedIn

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  |  2 Comments

2 Comments

  1. Samuel Farias 13 de abril de 2013 12:29

    Caro Marcelo,

    Apreciei muito sua pesquisa e os valiosos dados obtidos através dela, que nos lança a olhar mais adiante na mudança de comportamento organizacional em relação aos colaboradores que trabalham remotamente.
    Abraços
    Samuel Farias

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