Pesquisa aponta que agências digitais contrataram duas vezes mais do que média nacional do setor de serviços
O mercado de agências digitais contratou duas vezes mais do que a média nacional do setor de serviços. No período de julho a setembro de 2011, as empresas contrataram mais do que demitiram, gerando um diferencial positivo acumulado de +3% de vagas efetivas, versus um crescimento de 1,43% das contratações no setor de serviços em nove capitais. Já em relação à remuneração, a média salarial do segmento teve uma variação positiva de 35,3% em relação ao ano de 2010, descontando-se a inflação do mesmo período.
Os dados vêm da segunda edição da pesquisa de cargos e salários encomendada pela Abradi (Associação Brasileira das Agências Digitais) à consultoria Remunerar, que, de outubro de 2011 a janeiro de 2012, ouviu 112 empresas distribuídas pelo país: 64% na região Sudeste, 25% na região Sul e 11% nas regiões Nordeste, Centro-Oeste e Distrito Federal. Do total, 67% são de pequeno porte (até 20 funcionários), 21% são de médio porte (até 50 funcionários) e as de grande porte representam 13% (acima de 50 funcionários).
Ainda sobre as remunerações, a pesquisa apontou diferenças salariais entre as regiões: na categoria “programadores”, por exemplo, os valores pagos na região Sul são, em média, 30% menores do que os praticados na região Sudeste. Na comparação entre o Sudeste e a região Nordeste, a remuneração média é 50% menor.
O levantamento também mostra a relação entre o nível de senioridade dos profissionais e a sua remuneração. Na média nacional, profissionais plenos (de 2 a 5 anos de experiência) recebem 30% menos do que profissionais seniores (mais de 5 anos de experiência). Já os de nível junior (até 2 anos de experiência) recebem até 60% menos do que os seniores.
Para Cesar Paz, presidente da Abradi, a democratização do ambiente de informação criou, em poucos anos, um cenário de oportunidades e desafios para profissionais de diversas áreas, principalmente para a comunicação digital, onde as mudanças acontecem numa velocidade assustadora.
Outros dados relevados pela pesquisa mostram que, do total de 2.100 funcionários que integram os quadros das empresas respondentes, 66% são homens e 34% são mulheres e 87% estão na faixa etária de até 28 anos. Apenas 1% do total tem idade acima de 36 anos.
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