Enquete REMUNERAR Benefício Assistência Médica, por Marcelo Samogin
Junho de 2012
O estudo patrocinado pela REMUNERAR teve por objetivo avaliar como as empresas têm praticado o benefício assistência médica, este que é um dos mais importantes benefícios fornecidos, seja pela percepção de valor dos funcionários e segurança, seja por seu custo no tempo e complexidade de gestão envolvido.
Ao todo 144 empresas de diversos portes atenderam ao convite e enviaram seus dados o que nos permitiu analisar as práticas sob vários aspectos. O segmento de serviços representou no estudo 57,7% das empresas, contra 37,5% de indústrias. A exemplo da enquete anterior sobre práticas de RH (Mercado aquecido revela novas práticas de RH entre as empresas), também nesta enquete, 85,4% das empresas participantes estão na região sudeste, das quais 81,6% estão no estado de São Paulo. Considerando o porte das empresas, o grupo entre 100 e 500 funcionários está melhor representado com cerca de 37,6% da amostra, seguido pelo grupo de empresas acima de 1000 com 30,1%.
A maioria absoluta das empresas, cerca de 90,9% delas, oferecem o benefícios entre suas políticas de gestão de pessoas, sendo que 70,8% destas têm como prática oferecer a assistência médica aos funcionários e também aos seus dependentes legais. Entre as empresas que competem neste mercado como fornecedores de serviços de saúde, as operadoras levaram ligeira vantagem sobre as seguradoras.
Sobre o formato de participação dos funcionários nos custos, 80,8% das empresas reportaram que estes pagam parte do benefício, sendo que 48,0% têm como prática a contribuição fixa e ou variável, conforme a utilização do serviço de saúde. Para 74,2% das empresas o padrão de concessão do benefício depende do nível hierárquico do cargo do funcionário, sendo que 41,9% delas permitem que o funcionário escolha um padrão superior de atendimento, desde que este pague pela diferença. Outro dado importante como tendência revelou que para cerca de 58,2% das empresas, o percentual de contribuição do funcionário é de até 20% do custo do benefício.
O benefício saúde está entre os mais custosos para se oferecer aos funcionários. A enquete revelou que para 22,4% das empresas, o custo da assistência médica representa entre 8% e 10% do total da folha de pagamento nominal dos funcionários efetivos. Ainda que custoso, ele figura como benefício consagrado entre as empresas, sendo que cerca de 87,1% das empresas declararam que oferecem a assistência médica a mais de três anos aos funcionários. No caso da assistência odontológica, a enquete apontou que 72,3% das empresas oferecem este benefício, das quais 61,5% adotam como prática estender o benefício também aos dependentes legais dos funcionários.
Igualmente desafiante para gestão em pequenas e grandes empresas
Como análise mais específica, comparamos algumas práticas segundo o porte das empresas que participaram da enquete. A prática de oferecer o benefício aos funcionários e dependentes legais fora percebida com frequência 15,9% maior entre as empresas de maior porte, com mais de 500 funcionários, em comparação com o grupo de empresas com até 500 funcionários.
Embora a diferença acima possa identificar uma leve tendência, quando comparamos o modelo de participação dos funcionários nos custos do benefício entre os grupos de menores e maiores empresas percebemos uma diferença muito relevante. Em cerca de 61,8% das empresas com mais de 500 funcionários os funcionários contribuem de forma fixa e variável nos custos da assistência médica, ao passo que entre as menores empresas, com até 500 funcionários, apenas 30% delas adotam tal prática. O modelo de participação variável dos funcionários no custeio é uma evidência do grau de sofisticação com que as empresas maiores enfrentam os riscos de evolução nos custos do benefício no tempo. Além de educativo para todos os níveis de funcionários, a contribuição monetária ou co-participação variável, estimula o uso responsável do benefício, trabalhando a conscientização indiretamente de todos os funcionários e seus dependentes em favor da prevenção e controle da sinistralidade.
Por outro lado, a comparação entre os grupos de menores e maiores empresas não se revelou significativa quando analisamos os percentuais de participação médios dos funcionários nos custos, uma vez que em sua maioria os funcionários contribuem com até 20% em ambos os grupos. Embora a enquete tenha identificado diversas faixas de contribuição dos funcionários, maiores que até 20%.
Outra percepção sobre diferenças pouco relevantes entre empresas menores e maiores fora evidenciada quando analisamos o padrão de concessão do benefício assistência odontológica entre os grupos. Em média o benefício não é oferecido para aproximadamente um terço dos funcionários das empresas em ambos os grupos. Cerca de 27,8% entre as maiores empresas e 29,8% entre as menores não há o benefício. Visto como serviço complementar à assistência médica, este é outro benefício importante ligado à saúde, prevenção de doenças e bem estar, mas com custo per capta muito reduzido comparando se aos valores da assistência médica. Embora a enquete não tenha pesquisado mais detalhes sobre a assistência odontológica entre as empresas, a experiência de mercado mostra que muitas empresas colocam à disposição dos funcionários o serviço de assistência odontológica por adesão, com os custos pagos 100% pelos funcionários optantes.
A enquete sobre o benefício assistência médica fora estruturada pela REMUNERAR para oferecer as empresas participantes informações relevantes que possam subsidiar decisões e ajustes necessários em suas políticas. As práticas mais comuns e atualizadas, formatos e modelos de concessão identificados entre empresas dos mais diversos portes evidenciam o tamanho do desafio para administrar o benefício, tão sensível e importante para os funcionários e familiares, e igualmente complexo para gestão dos líderes de recursos humanos. Para participar de novas enquetes sobre gestão de pessoas, remuneração e benefício, escreva para contato@remunerar.com.br.
No site da REMUNERAR você poderá publicar vagas de RH e selecionar entre os currículos cadastrados profissionais da área. Leia Mais.
Marcelo Samogin, Diretor de Negócios da REMUNERAR, consultoria especializada em remuneração estratégica. Atuou por mais de 23 anos como executivo de RH, especialista em remuneração e inteligência de negócios em diversos segmentos de indústrias, prestação de serviços e varejo de luxo. Para mais informações escreva para: contato@remunerar.com.br ou acesse www.remunerar.com.br.
Sobre a REMUNERAR
A REMUNERAR foi fundada em 2010 e tem por missão desenvolver soluções inteligentes de remuneração e recompensa que transformem os desafios de produtividade e crescimento de seus clientes em oportunidades reais de ganhos e resultados diferenciados através das pessoas. Para saber mais acesse: www.remunerar.com.br ou http://www.linkedin.com/company/remunerar/products
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