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A PLR da convenção coletiva é boa para quem?

Crie seu próprio programa de participação nos lucros e aumente a produtividade de sua empresa. Por Marcelo Samogin, diretor da REMUNERAR

O início do ano nos remete naturalmente à temas corporativos como performance, resultados, bônus, premiações e participação nos resultados (PLR), este último tão hostilizado em algumas negociações coletivas. A participação nos lucros e resultados, obrigatória por lei desde 2000 (embora sem penalização para as empresas que não a praticam) sempre foi e continuará sendo motivo de discussões, igualmente entre patrões, sindicatos e empregados.

Embora a lei que a promulgou não preveja qualquer penalização às empresas que não a praticam, há um claro custo e forte de oportunidade, notadamente às empresas que preferem pagar somente o valor de participação negociado pelo sindicato, e mandatório por força do acordo coletivo da categoria.

Muitos acordos coletivos garantem (depois de longas negociações) o pagamento de um valor fixo para todos os empregados, que para a grande maioria das categorias gira em torno do valor piso da categoria, pagos em até duas parcelas, e sem qualquer vínculo inteligente com a evolução da produtividade, péssimo para as empresas.

Não há o que se discutir, a PLR é uma ferramenta importante dentro da estratégia de remuneração das empresas, quaisquer que sejam as regras, os valores, e também é uma das muitas conquistas trabalhistas dos últimos tempos, mas sem vincular a qualquer tipo de resultado e desempenho, acaba por se transformar em mais num valor a ser pago no tempo sem que as empresas possam este capitalizar em favor do aumento da produtividade, da redução dos custos, e entre outras muitas oportunidades.

As empresas que há anos decidiram criar seu próprio programa experimentam discussões sobre a escolha de indicadores que atestam e garantem a evolução da produtividade, redução de custos de todos os tipos, ganhos de escala e otimizações dentro da operação, que ao final de um período provocaram reflexões, ações e reações suficientes para transformam a cultura interna, disseminar a meritocracia e reposicionar as oportunidades junto aos resultados econômicos e qualitativos frente aos concorrentes.

PLR própria como oportunidade 

Não importa se o modelo de participações tem um único indicador de performance, três ou cinco, se há indicadores únicos para toda a empresa ou foram elencados por divisão ou área, se a participação é calculada sobre o salário nominal ou percentual do lucro da empresa,  o que realmente importa, ao contrário da PLR do sindicato, é pagar algo como recompensa vinculado a diversos e relevantes resultados tangíveis, percebidos inclusive pelo clientes.

Todo início de ano novamente a oportunidade de repensar esta forma consagrada de remuneração entre os funcionários bate à porta das empresas que ainda preferem praticar a PLR igualitária do sindicato, tratando diferentes como iguais, perante os resultados. A competitividade dos mercados nos força a repensar a empresa, sua operação, e estratégias de sobrevivência e avanço dos resultados, o programa próprio de PLR estruturado por indicadores de desempenho do negócio contribui para que a empresa se posicione melhor e mais rapidamente frente à concorrência e o mercado, ao contrário da participação garantida pelo acordo coletivo da categoria de empregados. Lembrando que segundo a lei 10.101, ainda há a vantagem de se pagar a participação duas vezes ao ano, sem que a empresa tenha que recolher os tributos normais sobre a folha de pagamento.

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Como remunerar os vendedores para venderem mais. Este artigo comenta as estratégias de aumento de vendas e produtividade comercial através de um plano de remuneração variável mais aderente aos desafios e flexibilidade que o negócio exige.

Como negociar o PLR sem que o lucro, faturamento e rentabilidade façam parte da conversa com o sindicato? Acesse o artigo Implementando o PPR ao invés do PLR e aprenda mais sobre as estratégias em torno deste tema.

Sobre o autor

Marcelo Samogin, Diretor da REMUNERAR, consultoria especializada em remuneração estratégica. Atua a 25 anos como executivo de RH, especialista em remuneração e inteligência de negócios por diversos segmentos de indústrias, prestação de serviços e varejo de luxo. Professor convidado da Universidade Federal de Viçosa (UFV-MG) e Fundação Dom Cabral (FDC PAEX) para os temas Gestão de Pessoas e Remuneração Estratégica. Diretor do Grupo de Remuneração e Benefícios da AAPSA. Para mais informações acesse: www.remunerar.com.br

Sobre a REMUNERAR

A REMUNERAR foi fundada em 2010 e tem por missão desenvolver soluções inteligentes de remuneração e recompensa que transformem os desafios de competitividade e crescimento de seus clientes em oportunidades reais de ganhos e resultados diferenciados através das pessoas. Para saber mais acesse: www.remunerar.com.br ou REMUNERAR no LinkedIn

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